UMA INVESTIGAÇÃO OCULTA: A MORTALIDADE
INFANTIL
O mistério da morte prematura
A mortalidade infantil é um dos problemas que mais têm
desafiado a sagacidade humana. O sentimento da perda de uma criança tem
dilacerado numerosos corações, e muitos são os que exclamam: “Qual a utilidade
de uma existência cortada assim em seu desabrochar?” As teorias ortodoxas têm
se esforçado por consolar os pais enlutados, dizendo-lhes que toda criança
batizada e, portanto, morta sem pecado, vai direta para o céu gozar a
bem-aventurança eterna, e com isso se avantaja em muito ás que, tornando-se
adultos, arriscam a sua salvação, se não se condenam irremissivelmente.
Naturalmente que, tão logo começa o homem a refletir, não
mais lhe satisfazem semelhantes explicações. Para os estudantes de Teosofia
também constituía um mistério o elevado índice de vidas ceifadas na infância.
Ás vezes recorríamos ás vulgaridades que atribuem a causa á prodigalidade da
Natureza, justificando que assim como um pé de carvalho produz milhares de
bolotas, e destas só umas três acham oportunidade de gerar uma nova árvore,
assim também as inúmeras crianças nascidas cada dia, só uma porção mínima
atingia a idade adulta, por um fenômeno análogo da Natureza. No entanto, esta
analogia era de todo deficiente, pois não havia paralelismo entre ambos os
casos. Reconhecíamos que a perda de uma criança devia corresponder ao karma dos
pais, e que o sofrimento daí resultante era forçosamente conseqüência de certas
ações dos pais em existências anteriores. Mas, conquanto verdadeiro, isto não
explicava a parte relativa ao Ego (Eu Superior) encarnado no corpo infantil, e
sentíamos que outros fatores estariam intervindo neste caso.
Como
nos veio a luz?
A maneira mais eficaz para explicar o que sabemos da
verdade, talvez seja uma explicação de como chegou a luz aos investigadores
teosóficos. O primeiro esclarecimento lhes brotou ao observarem o caso de um
jovem falecido no verdor de sal vida, e seguiram a série de encarnações
passadas, a fim de conhecer, por pacientes análises comparativas, o método
operacional da grande Lei de Causa e Efeito, e descobrir as normas que presidem
o lugar e a época do nascimento. Com esta finalidade os investigadores
pesquisaram várias séries de vidas que, cuidadosamente observadas, trouxeram a
lume fotos deveras interessantes.
Um
problema de reencarnação
O caso acima referido é de dois irmãos que conviveram na
Grécia antiga. Ambos eram fervorosos partidários da filosofia pitagórica, e seu
afeto recíproco estava duplamente cimentado pelo sangue e pelo estudo. Para o
irmão mais velho, a filosofia pitagórica era o único interesse de sua vida, e
empregava a maior parte do seu tempo em estudos e na obra dos Mistérios em que
era iniciado. Também para o mais novo era a filosofia pitagórica o interesse
máximo de sua vida, porém também se destacava por suas aptidões artísticas,
sendo um dos mais hábeis escultores da época. É de ver que a arte profissional
lhe ocupava muito tempo, e apenas contava com as horas de folga para dedicar-se
aos estudos da Grande Escola de Cleinas.
Felizes em sua íntima convivência, atingiram ambos os
irmãos muita avançada velhice, e de tal jeito se haviam ligado um ao outro com
mútua e poderosa influência, que lhes era necessário reencarnarem-se juntos.
Mas contra essa necessidade se opunha a duração desigual de sal permanência no
mundo celeste, pois enquanto o irmão mais jovem estava já preparado para se
reencarnar nos princípios do século XVI da era cristã, o outro tinha que permanecer
ainda trezentos anos no plano celeste.
Isso implicava, seja dito sem irreverência, numa espécie
de problema, ainda que simplíssimo, para os Senhores do Karma. Segundo nossas
observações, a duração da vida humana no mundo celeste depende do tempo empregado
em esgotar a energia acumulada e, portanto, torna-se impossível prolongar ou
reduzir este período, a não ser em proporções muito restritas. É possível
diminuí-lo por meio da intensificação da felicidade celeste, mas este recurso
se aplica muito raramente, e não cabia no caso que estamos examinando.
Resolveu-se a dificuldade de maneira muito simples: o irmão mais jovem
reencarnou-se num país da Europa central, e desde cedo lhe vieram á tona suas
destacadas aptidões artísticas, conquanto orientadas em linha diferente, pois,
ao invés do escultor, foi gravador, como o fora seu pai. Revelava grande
espontaneidade nesta arte e todos lhe vaticinavam um futuro promissor, quando,
subitamente, uma daquelas epidemias da Idade Média lhe arrebatou a vida do plano
físico ao contar apenas vinte anos de idade. Não sem razão lhe choravam a morte
todos os que sabiam a grande perda que ela representava para as artes, e
lamentavam o malogrado jovem, cuja brilhante carreira fora tão bruscamente
interrompida.
Mas passemos a verificar qual foi o resultado. Em sua
curta existência física, o jovem gravador acumulou muito pouca energia e,
portanto, embora seus desejos e emoções requeressem uma existência astral de
mediana duração, foi relativamente curta a sua vida celeste. Com isso esteve
preparado para reencarnar-se em meados do século XIX, três anos após havê-lo
feito o que havia sido seu irmão mais velho na Grécia antiga.
A
bênção freqüente de uma morte prematura
O caso acima nos demonstra logo que uma morte prematura
como do jovem que aparentemente interrompeu a sua brilhante carreira artística,
por ser amiúde uma fonte de bênçãos em vez de prejuízos como comumente se
supõe. Porque, ainda que os dotes artísticos do jovem houvessem achado adequada
expressão no século XVI, ele não faria seguramente progressos notáveis em seus
estudos místicos-filosóficos. Sua tendência nesta direção estava firmada, e
absorvia sequiosamente o que de misticismo lhe venha as mãos. Foi muito
influenciado pelos ensinamentos de João Tauler, bem como ligado aos movimentos
iniciados por Nicolas de Basiléia, Cristina Margarida Elner e Henrique Suso. É
ainda evidente que, se tivesse vivido mais, pouco teria aproveitado sob este
aspecto de sua natureza. Em troca, na sua atual encarnação ambos os irmãos, ainda
jovens, ingressaram na Sociedade Teosófica logo em seus primórdios, e desde
então são elementos destacados em suas fileiras, o que demonstra quão benéfica
foi a morte do mais jovem em sua existência anterior na Idade Média.
Uma
vida transformada
Se pudermos raciocinar segundo esta analogia, teremos a
explicação de outras existências assim encurtadas. Mas para melhor elucidar a
questão, examinemos outro exemplo, que nos permita uma visão de conjunto. É o
caso de um jovem teosofista que se reencarnou duas vezes na mesma família. Sua
primeira existência durou apenas algumas semanas, e poucos anos depois renasceu
dos mesmos pais. Como é natural, os investigadores inquiriram a razão de não
haver o primeiro nascimento satisfeito as condições da existência como as
satisfez o segundo. A indagação se concretizou na pergunta: “Que diferença
produziram no Ego estes poucos anos de duração? Tanto quanto nos é possível
saber, em que aspectos a vida começada uns poucos anos depois diferiu da que
provavelmente teria sido se ele houvesse sobrevivido na vida anterior?”
Uma ligeira consideração nos deu uma surpreendente resposta a esta pergunta. Os pais foram praticamente livre-pensadores antes de encontrar a Teosofia, que prontamente adotaram com ardor, e acompanhando-os toda a família com esplêndida unanimidade. Para o jovem estava aqui a diferença. Houvesse ele sobrevivido na ocasião do primeiro nascimento, e teria ultrapassado a puberdade antes de ser iluminado pela Teosofia. Desde que o livre-pensamento tem pouco a oferecer para o domínio das paixões, poderia suceder que antes de receber a influência operadora da Teosofia, houvesse o jovem contraído muitos maus hábitos que facilmente arruinariam a vida. Mas graças aos benefícios daquela morte prematura, era ainda muito criança quando sua família abriu os olhos para a Teosofia, e pôde, assim, preparar-se para assimilá-la ao entrar em contato com ela.
O estudo deste caso despertou interesse dos
investigadores, que passaram a pesquisar outros casos de mortes infantis chegadas
ao seu conhecimento. Em todos eles constataram esta mesma característica, isto
é, de que a existência posterior, alcançada pelo sacrifício da anterior, foi de
qualquer maneira superior, de melhores oportunidades para o desenvolvimento especial então mais necessário para o Ego.
Convenceram-se então de que, enquanto a perda do filho servia para extinguir
boa parte do karma dos pais, beneficiava não pouco o Ego encarnado no corpo
infantil. Todavia, pode haver muitas outras razões ainda ignoradas da mortalidade
infantil, mas, de todos os modos, em grande número de casos trata-se
simplesmente de um meio de propiciar uma encarnação mais vantajosa.
Pode suceder amiúde que um Ego esgote as energias que o
mantinham no mundo celeste, e haja de se reencarnar antes de outros Egos aos
quais o ligam laços kármicos. Nestes casos, a aparente dificuldade de
sincronizar as existências fica resolvida com só ensejar ao Ego uma breve
existência terrena intermediária, aparentemente prematura, e pô-lo assim em
condições de se reencarnar depois quando seus companheiros de destino se achem
em disposição de voltar á terra. Verificaram-se casos em que o simples retardamento
de um ou dois anos determinou incalculáveis diferenças na vida imediata. Tal
sucede, por exemplo, quando a criança numa época de sal vida recebe a
influência de determinado instrutor, que modela o seu caráter, o que não lhe
teria sido possível se houvesse nascido um ou dois anos antes, pois então teria
sido influenciado por outro instrutor, cujos ensinamentos teriam orientado toda
a sua vida numa direção oposta. Nem sempre é possível ao Ego encontrar a
requerida oportunidade de lugar e tempo para se reencarnar, e assim se
compreende facilmente que um par de anos de diferença alterem totalmente a
suscetibilidade do indivíduo para receber a influência do meio ambiente.
A vida astral das crianças
Outro fato que também não devemos esquecer é que a vida
comum das crianças no mundo astral é de extrema felicidade. O Ego que se
desprende de seu corpo físico com apenas alguns meses de idade, não se
acostumou a esse e demais veículos inferiores, e assim a curta existência que
tenha nos mundos astral e mental lhe será praticamente inconsciente. Mas o
menino que tenha tido alguns anos de existência, quando já é capaz de gozos e
prazeres inocentes, encontrará plenamente ali as coisas que deseje. A população
infantil do mundo astral é vasta e feliz, a ponto de nenhum de seus membros
sentir o tempo passar. As almas bondosas que amaram seus filhos continuam a
amá-los ali, embora as crianças já não tenham corpo físico, e acompanham-nas em
seus brinquedos ou em adverti-las a evitar aproximarem-se de quadros pouco agradáveis
do mundo astral.
Sabemos que muitos são os meninos que gostam
apaixonadamente de se imaginar heróis de feitos maravilhosos na história e
ficção; mas o menino que no plano físico personifique Robinson Crusoé, ou
Aladino, ou Ricardo Coração de Leão tem que “fingir” bastante e fechar os olhos
a numerosas incongruências. Não é, pois, difícil imaginarmos o seu imenso
deleite ao notar que em sua nova e gloriosa vida seus pensamentos amoldam a
matéria de seu próprio corpo e cenários, podendo assim assumir a exata
aparência do herói que ele personifica, e tornar-se, portanto, Jasão no comando
do Argos, ou Perseu com os maravilhosos sapatos alados, e ser visto como tais
por seus companheiros!
Sabemos também quão incansáveis são as crianças em
formular perguntas e quão ansiosas são por compreender tudo plenamente. Aqui no
plano físico sua insistência nos embaraça, por acharmos difícil dar-lhes uma
resposta clara e compreensível. No plano astral é muito mais fácil dar-lhes
respostas satisfatórias, pois em muitos exemplos se pode criar prontamente com
a energia mental uma imagem do objeto em vista e assim mostrá-lo ao vivo em vez
de simplesmente descrevê-lo. Esta demonstração visual deleita intensamente as crianças,
que se sentem plenamente satisfeitas em sua curiosidade por informações.
Talvez pense alguém que, apesar destas alegrias, não
deixam de estar amarguradas pela dor de não verem as crianças os seus pais e
demais pessoas, e mesmo aos animais domésticos que amaram na terra; mas quem
assim cogite, não há em conta as verdadeiras condições da vida astral. Convém
recordar que, embora nos tolha o sentimento de havermos “perdido” nossos
parentes e amigos, não tem as crianças a menor idéia de tal perda, pois
permanecem perto de nós e vêem nosso corpo astral, com a única diferença de que
tratam conosco durante a noite e não durante o dia. Enquanto estamos despertos,
vêm também o nosso corpo astral, mas nós não somos conscientes nem responsivos
ao seu mundo.
Quando nossos corpos físicos adormecem, acordamos no
mundo das crianças e com elas falamos como antigamente, de sorte que a única
diferença real é que nossa noite se tornou dia para elas quando nos encontram e
falam, ao passo que nosso dia lhes parece uma noite durante a qual estamos
temporariamente separados delas. Tal qual os amigos sempre se separam quando se
recolhem á noite aos seus dormitórios. Assim, as crianças jamais acham falta de
seu pai ou mãe, de seus amiguinhos ou animais de estimação, que durante o sono
estão sempre em sal companhia como antes, e mesmo estão em relações mais
íntimas e atraentes, por descobrirem muito mais da natureza de todos eles e os
conhecerem melhor do que antes. E podemos estar certos de que durante o dia
elas estão cheias de novos companheiros de divertimentos e de amigos adultos
que velam solicitamente por elas e suas necessidades, tornando-as intensamente
felizes.
Continuam
as crianças a crescer depois da morte?
É freqüente nos perguntarem se as crianças continuam seu
crescimento na vida astral depois da morte. Nossos amigos espíritas não
alimentam dúvidas a esse respeito, e aduzem numerosos exemplos de crianças que,
anos depois de mortas, apareceram a seus pais tão modificadas que estes não as
reconheceram. Mas nós, os teósofos, sabendo que a alma que abandonou um corpo infantil se reencarna
dentro de um período relativamente curto, nos inclinamos mais a receber com
incredulidade tais informações, por inteiramente errôneas. Como já mencionamos,
não devemos esquecer o fato de que qualquer entidade astral pode amoldar á
vontade um veículo para si e aparecer a outrem como bem entender. Disso resulta
que as crianças mortas há tempo suficiente para se imaginarem o que desejariam
ser quando crescidas, podem mostrar-se como tais em seu pensamento e assim
crescer com grande rapidez. Nestas condições seu corpo astral apareceria
segundo a sua concepção, e se fossem auxiliadas a materializá-lo, exibiriam o
fenômeno do crescimento a seus admirados amigos. No entanto, tal crescimento é
apenas aparente, e jamais corresponde ao crescimento natural do corpo físico.
Convém lembrar que a maior parte da matéria astral que
compõe o veículo humano naquele plano toma a exata forma do corpo físico, por
ser atraída pela matéria mais densa. O nosso hábito de manter a forma física é
assim repetida naquela matéria astral, e mesmo depois de seu completo
afastamento do corpo físico, ela continuará a conservar a mesma aparência por
muitos anos. Pela força do pensamento pode um homem alterar a forma adquirida
enquanto atue na matéria astral, mas ao deixar de atuar, recobrará a anterior
forma habitual. Á medida que o corpo físico cresce, o astral vai se adaptando
ás suas variações naturais, mas como, morto o corpo físico, não dispõe o astral
de ocasiões de adaptação, sua forma peculiar é que na ocasião da morte, o
físico conserva e que ele recobra quando o poder de pensamento deixa de alterar
a sua configuração e tamanho. Não há, portanto, dúvida de que o anelo do menino
de chegar a ser homem, determina o aparente crescimento de seu corpo nas
materializações, anos depois de sua morte.
Simulação
Há casos em que entidades astrais, animadas de boa
intenção, simularam a aparência do filho morto para consolar seus pais. Certa
ocasião perguntei a uma destas entidades porque simulava a presença do menino.
Respondeu-me que em vida havia sido noivo da mãe que chorava seu filho, e que
apesar de haver ela se casado com outro, continuava amando-a como sempre, e
que, como o Ego do menino não se achava mais no plano astral, ou talvez já
houvesse se encarnado, quis simular a sua presença para acalmar a amarga dor da
mãe, sem temer as conseqüências de sua ação. Com esse fim se revestiu, por um
esforço de vontade, da forma que supôs usasse o menino em vida, e deste modo
ele aparecia á mãe nas sessões, infundindo-lhe ânimo e consolo. Só ele poderia
sofrer as conseqüências de sua ação, mas não era provável que Deus julgasse
severamente o engano, ante a nobreza da intenção, pois, segundo ele comentava: “Seria
humanitário vê-la sofrer, quando com uma mentira tão inocente estava em minhas
mãos acalmar-lhe a dor?” Algo patético havia nesta atitude de abnegação, e
conquanto não me fosse possível aprovar tal procedimento, também me falecia
autoridade para condená-lo.
Não são raros os casos de simulação determinada por
motivos justificáveis, e em todos eles foi alterada a estatura da entidade.
Alguns espíritas opinam que as almas das crianças mortas ao nascerem tem
aparecido também nas sessões como se continuassem crescendo no outro mundo.
Torna-se evidente para os estudantes de Teosofia que estes casos só podem ser
de simulação, ante o fato de que no caso da criança recém-nascida não há ainda
alma; noutros termos, o corpo físico nunca respirou o alento de vida justamente
porque não havia Ego preparado no momento de utilizá-lo.
Consolo
Infinito
Neste caso, como em tantos outros, é infinitamente
consolador o conhecimento proporcionado pelas doutrinas teosóficas. A morte dos
filhos não há de entristecer o coração dos pais, pois, conquanto lhes esteja
sempre presente a perda sofrida no plano físico, a dor por ela causada não é
tão acerba ao teósofo. Ao passar por tal prova, este compreende que o filho
amado se desprendeu do corpo físico para renascer em condições favoráveis ao
seu progresso. Este é um de tantos exemplos em que a investigação nos
demonstrou que todas as coisas, embora aparentemente as mais nocivas, se
encaminham diretamente para o bem, e que, quando acusamos a Natureza de
negligente, a deficiência está em nossa ignorância e jamais no Plano Divino.
Fazendo ou desfazendo, tudo ela corrige;
O que é de sua lavra, está melhor que antes;
E lentamente cresce o modelo que ela
Tece entre seus ágeis dedos.
Tal é a Lei propulsora da evolução,
Que ninguém pode jamais evitar nem desviar;
Seu motivo é Amor; sua meta,
Paz e Culminância perenes; obedece-a!
LEADBEATER, O que há além da morte. Ed. Pensamento, SP.