domingo, 11 de janeiro de 2015

O vegetarianismo em "A Chave para a Teosofia"

O vegetariano puro é aquele que se nutre exclusivamente de vegetais. Alguns partidários deste sistema ingerem os produtos animais obtidos sem que haja destruição da vida do animal, tais como o leite e seus derivados; outros se limitam a ingerir apenas frutas etc. O ocultismo (filosofia oculta ou filosofia interior) considera muito favorável o regime vegetariano por numerosas razões: umas de ordem física ou comum e as outras de ordem oculta. Este regime é muito mais apropriado à natureza do homem do que o carnívoro; é consideravelmente mais puro e são e, por sua vez, mais nutritivo e fortificante. Graças a ele muitas enfermidades são evitadas, tais como a gota, o reumatismo, a apoplexia, o câncer e várias outras.
Segundo o Dr. Milner Fothergill: “Todas as vítimas causadas pelas disposições belicosas de Napoleão são nada em comparação com as miríadas de pessoas que morreram por causa de sua confiança cega no suposto valor nutritivo da carne de vaca.” E acrescenta sir Eduard Sanders: “Creio que atualmente o mundo tende para a alimentação vegetal, porque, finalmente, se compreenderá que é a melhor e mais racional e creio que não está longe o momento em que a idéia da alimentação carnívora será coisa detestável e repugnante para o homem civilizado”.

Um dos grandes sábios alemães demonstrou que cada tecido animal, seja qual for o modo de prepará-lo, conserva sempre certas qualidades características do animal de que fazia parte. Quando a carne é assimilada como alimento pelo homem, transmite a ele algumas dessas qualidades. Além disso, a ciência oculta ensina e prova que este efeito de “animalização” do homem é maior quando a carne provém de animais maiores, menor quando se trata de aves, menor ainda quando se trata de pescado e outros animais de sangue frio, e mínimo quando se utiliza apenas vegetais.

Assim, aconselha-se aos estudantes zelosos (filósofos) que ingiram o alimento que tenha a influência mais leve sobre seu cérebro e seu corpo e cujo efeito de estorvar e atrasar o desenvolvimento de sua intuição e das faculdades internas e poderes seja o menor possível. Outro grave inconveniente do uso da carne é que incita poderosamente à bebida, à intemperança e às paixões animais e é sabido que o álcool, em todas as suas formas, tem influência direta, marcada e bastante deletéria na condição psíquica do homem e impede o desenvolvimento de seus poderes internos.

Helena Petrovna Blavatsky, A Chave para a Teosofia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário