sábado, 10 de janeiro de 2015

A Nossa Unidade, por John Algeo.

Quando olhamos para o mundo, não vemos unidade, mas sim falta de unidade, não apenas vemos diversidade, mas falta de harmonia. Vemos oposição agressiva entre nações, religiões, seitas religiosas, raças, grupos étnicos e indivíduos. Pode esta aparente desunião ser reconciliada com o conceito de unidade?
O 11ª edição do Merriam-Webster’s Collegiate Dictionary define “unidade”, entre outras possibilidades, como “uma condição de harmonia” e “a totalidade de partes relacionadas: uma entidade que é um todo complexo ou sistemático.” Esses dois sentidos não excluem a diversidade do conceito de “unidade”; de facto, ele está implícito. O oposto de uma pequena verdade é uma falsidade; o oposto de uma grande verdade é uma verdade ainda maior. A unidade é a maior das verdades.

No “Proêmio” de A Doutrina Secreta (vol. I, p. 81-87), Blavatsky escreve que “o primeiro axioma fundamental da Doutrina Secreta é …o Uno Absoluto - a existencialidade…O Universo Manifestado é…permeado pela dualidade, que vêm a ser a própria essência da sua EX-istência como “manifestação”. Mas…como os polos opostos de Sujeito e Objeto, de Espírito e Matéria, não são mais do que aspetos da Unidade Única, que é a sua síntese.”
A palavra “unidade” surge da palavra em Latim “unus”, que significa “um”, que por sua vez faz-nos recuar ao Indo-Europeu, a língua ancestral que inclui o Inglês e a maior parte das línguas da Europa, bem como várias da Índia. Portanto “unidade” não é um conceito moderno, uma novidade de última hora, mas antes uma palavra e ideia antigas. Na verdade, é parte fundamental da Sabedoria Antiga da Teosofia.


Que o Theosophy Forward tenha uma secção destinada à “Nossa Unidade” é portanto bastante apropriada. Que nós teosofistas possamos avançar em unidade uns com os outros e, em unidade com todos os povos em todo os lados – no espírito da unicidade universal (isto é, de um só mundo), que a Teosofia reconhece como o conceito básico subjacente a toda a existência.

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